Castanhalense é homenageada na Feira Pan-Amazônica do Livro
A 26ª Edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes segue até o dia 17 de setembro, no Hangar Centro de Convenções, em Belém, sendo uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
A visitação ocorrerá sempre das 9:00 às 21:00, com entrada gratuita.
Em 2023, os homenageados serão a artista e escritora castanhalense, Heliana Barriga, e o jornalista, advogado e poeta cametaense, Salomão Larêdo.
Heliana nasceu em Castanhal e dedica sua trajetória à literatura infantil, com destaque para as obras “A Abelha Abelhuda” e a “Perereca Sapeca”, que fazem parte da coleção Acalanto, da editora FTD-SP.
A literária também é cordelista e poeta, concentrando diversas obras sobre a Amazônia.
Heliana Barriga também participa do programa Abracadabra, da Rádio Cultura, é mentora e apresentadora do programa “A Arte de Ser Criança”, no Instituto Idade Mídia, e foi indicada como Mestra de Poesia pelo Serviço Social do Comércio (Sesc-PA) no ano de 2017.
Como literária do gênero infantil, Heliana conquistou o título de Embaixadora das Infâncias de Belém da Nossa Gente, pela Secretaria Municipal de Educação de Belém. A poetisa também é coordenadora de Comunicação Poética do estande das autoras e autores da Feira Pan-Amazônica do Livro.
Ademais atividades, Heliana é compositora e sanfoneira, possuindo lançamentos musicais com os CD’s ‘Mala sem Fundo’; ‘Letícia Coça-coça’; ‘A filha do Jabuti’; ‘Se eu fosse eu brincava’; ‘Circo Furreca sem Mala’, entre outros.
Salomão Larêdo é escritor, advogado e jornalista, nascido na Vila do Carmo, em Cametá (PA). Autor de mais de 50 livros, recebeu diversos prêmios e atuou em múltiplas áreas e projetos. Leitor e escritor, Salomão é também um militante apaixonado na luta pela valorização da cultura e dos povos das diversas Amazônias de onde vêm.
Programação da Feira
A Feira terá 39 rodas de conversas, nove saraus, sete ‘Papos-cabeça’, além da exibição de cinco programas Sem Censura (TV Cultura), ao vivo.
Ao longo dos dias, as atividades serão realizadas, simultaneamente, em três espaços: Arena das Artes, Arena Multivozes e Arena Amazônia, que deverá receber também os shows.
As atrações culturais são uma das programações mais aguardadas pelo público e ocorrerão todas as noites, gratuitamente. Mundo Bita, Linn da Quebrada, Chico César, Kaê Guajajara e Gaby Amarantos são algumas das atrações confirmadas.
Haverá ainda mais de 145 sessões de autógrafos no Ponto do Autor, 18 empreendimentos do segmento de artesanato e os ilustradores e ilustradoras credenciados no Beco do Artista.
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Parcerias e 300 servidores em ação – Júnior Soares, diretor de Cultura da Secult, explica que a organização da Feira do Livro envolve várias instituições parceiras e quase 300 servidores e colaboradores.
“Importante destacar o volume do incentivo à aquisição de livros pelos servidores públicos, promovido pelo Governo do Pará e pela Prefeitura de Belém, que vem se somar aos esforços de promover o fomento à leitura no estado. Assim, contamos com a presença de todos e que possamos usufruir de mais uma oportunidade de trocas e experiências fantásticas por meio dos livros”, disse o diretor.
Em sua longa trajetória, a Feira vem realizando homenagens a diversos escritores e transmissores de saberes, por meio da tradição oral, além de promover lançamentos e comercialização de livros, encontros literários, palestras, contação de histórias e uma vasta programação musical, teatral e audiovisual, com a presença de artistas locais e nacionais, garantindo que todas essas expressões criativas e inventivas sejam incluídas em ações transversais.
Lançamentos – Para a secretária de Cultura do Pará (Secult), Ursula Vidal, a Feira do Livro e das Multivozes é uma ação integradora do Governo do Estado, por promover uma transversalidade entre as políticas de educação, cultura, meio ambiente, inclusão, formação e divulgação da produção literária, científica e artística.
A titular da Secult, ainda, acrescentou: “e a homenagem a Salomão Larêdo e à Heliana Barriga, que têm desempenhado um papel fundamental na luta pelo acesso ao livro na infância e na formação do indivíduo amazônico, demonstra nossa gratidão a todos os escritores, pensadores e defensores da política de acesso ao livro e à leitura. O relançamento de uma das mais belas obras da vasta produção literária de Laredo – ‘Remos de Faia’ – e a publicação da coleção ‘Mala sem Fundo’, de Heliana Barriga, são parte da política editorial da Secult, que cuida com toda dedicação e carinho da editoração das obras de seus homenageados. Estamos muito felizes com o resultado e esperamos que o público da Feira prestigie o lançamento dessas obras de rara poética”, disse.
Tradição – Desde 2019, a Secult busca tornar a Feira Pan-Amazônica do Livro mais inclusiva, diversa e democrática. A inclusão do conceito das Multivozes quer valorizar a tradição oral tão presente na Amazônia ancestral com seus povos e comunidades tradicionais, além de promover um dia inteiro de programação dedicado a compreender e fomentar a cultura dessas múltiplas vozes, já que a Feira se configura como um espaço de luta e construção de identidades para um lugar de fala.
A Feira dá espaço às vozes das mulheres, dos negros, de povos originários, da comunidade LGBTIs e dos coletivos urbanos da periferia, assim como às diversas falas das múltiplas expressões artísticas e culturais. A partir de 2021, a Feira abriu também espaço às vozes dos artistas homenageados, do autor paraense, da inclusão, da tecnologia e vozes da juventude.
A política de descentralização das ações de fomento ao livro e leitura se fortalece com a ampliação da realização das Festas Literárias em outras regiões do estado, sempre em parceria com as Prefeituras e suas Secretarias Municipais de Educação. Em setembro, acontecerá a edição de Marabá e, em outubro, a de Cametá. No mês de novembro, as Festas Literárias acontecem em Santarém e Breves, com uma parceira com a FLIX, em Altamira, e, em dezembro, quem recebe a Festa Literária é a cidade de Bragança, com lançamento de obras produzidas por escritores locais, recitais de poesia, shows, saraus e atividades voltadas para as escolas, clubes de leitura e universidades parceiras.
(Com Agência Pará)