Corda do Círio 2023 será produzida pela Companhia Têxtil de Castanhal


A corda do Círio 2023 será produzida pela Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), indústria localizada na Cidade Modelo, sendo a maior produtora de fios, telas e sacaria de juta do Ocidente.

Na manhã desta sexta-feira (31/03) uma comitiva da Diretoria do Círio esteve na sede da empresa avaliando a corda que já está sendo produzida pela CTC.

A comitiva foi acompanhada por representantes da Prefeitura de Castanhal, da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio de Castanhal e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração  e Energia (Sedeme).

A informação foi confirmada pela secretária Ester Pulqueira, titular da Semics. “Castanhal entrará para a história por ter uma empresa assinando um símbolo tão importante como este. Me sinto honrada por fazer parte desta história”.

Até hoje a corda do Círio era uma encomenda padrão, de 800 metros: sendo 400 metros na Trasladação e 400 no Círio. O símbolo vinha de Santa Catarina e pesava em torno de 900 kg.

HISTÓRIA

A Corda passou a integrar o Círio em 1885. Naquele ano, uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla, do Ver-o-Peso até as Mercês, na hora  da procissão.

A berlinda ficou atolada e os cavalos, que então faziam o transporte, não conseguira puxá-la.

Os animais foram desatrelados e um comerciante emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então passou a ser incorporada às festividades, sendo um dos símbolos mais importantes nas duas maiores procissões: o Círio e a Trasladação.

A partir da segunda metade do século 20, a corda, além de ser uma manifestação, também passou a ser um ato de promessa.

Até 2003, o formato da corda era de “U”, com duas extremidades atreladas à berlinda. Em 2004, por motivos de segurança, ganhou formato linear, organizada em cinco estações confeccionadas em duralumínio que ajudam a dar tração à corda e ritmo às procissões.

Desde 2011, com o objetivo de conscientizar os promesseiros a não levarem objetos cortantes para o Círio, para que a corda chegue até o destino final sem ser cortada, a diretoria do círio com os órgãos de segurança promovem campanhas de conscientização, que iniciam um pouco antes da semana dos eventos principais.

Com a pandemia, a Diretoria da Festa de Nazaré se viu obrigada a repensar o uso e decidiu manter a mesma programação: repartir a corda em 96 pedaços, uma para cada paróquia da Arquidiocese de Belém.

(Da Redação, com informações do histórico de O Liberal)